Agencia Estado
A pressão da bancada  evangélica impediu a votação do projeto de lei complementar 122/06 que  criminaliza os atos de homofobia. Ele seria votado nesta manhã na  Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado. Em uma sessão que ao final  contou com troca de xingamentos e ofensas entre o deputado Jair  Bolsonaro (PP-RJ) e a senadora Marinor Brito (PSOL-PA), o projeto foi  retirado de pauta sem previsão de retorno.
Representantes da  Frente Parlamentar Evangélica presentes à sessão pediram o adiamento  alegando que devem ser realizadas audiências públicas, porque ele não  teria sido suficientemente discutido no Congresso. "Precisamos debater à  exaustão, sem privilegiar ninguém. Há pelo menos 150 milhões de  brasileiros que não foram ouvidos", disse o senador Magno Malta (PR-ES).
O projeto de autoria da ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP) tramita há  dez anos no Congresso e somente em 2006 foi aprovado no plenário da  Câmara. Relatora do projeto na CDH, a senadora Marta Suplicy (PT-SP)  queria tentar aprovar o seu parecer até a próxima semana, a tempo das  comemorações do Dia Nacional de Combate à Homofobia, no próximo dia 17,  que vão movimentar a Esplanada em Brasília.
Marta chamou a  atenção para esse momento "de maior compreensão e humanidade" que se  estabeleceu no País, a partir do recente julgamento do Supremo Tribunal  Federal (STF) que estendeu às uniões entre pessoas do mesmo sexo os  mesmos direitos e deveres dos casais heterossexuais. "O Judiciário se  pronunciou sobre um assunto que há 16 anos o Congresso não consegue se  pronunciar", completou a petista. "Esse projeto tem a ver com  tolerância, respeito e cidadania, vai ajudar a diminuir a violência  contra homossexuais", concluiu.
A proposta modifica a Lei de  Racismo para criminalizar também os atos de homofobia, estendendo a eles  as mesmas punições impostas aos crimes de preconceito racial. O projeto  pune com reclusão de um a três anos condutas discriminatórias, como  recusar o atendimento a gays em bares e restaurantes e reprimir trocas  de afeto em locais públicos, como beijos ou abraços.
O item mais  polêmico pune com prisão, de um a três anos, e multa aqueles que  induzirem ou incitarem a discriminação ou preconceito contra os  homossexuais. A avaliação é de que padres e pastores serão proibidos de  pregar contra a homossexualidade nas igrejas e templos religiosos. Na  sessão desta manhã, integrantes da bancada evangélica pregaram adesivos  na boca em protesto, alegando que o projeto reprime a liberdade de  expressão deles.
Para atender às reivindicações da bancada  evangélica, Marta incluiu uma emenda permitindo que todas religiões e  credos exerçam sua fé, dentro de seus dogmas, desde que não incitem a  violência. 
(Globo.com)
Blog NGN 
O que acontece é que a lei privilegia UMA classe só, e não vivemos num país de UMA classe só, todos temos os mesmo direitos, e os mesmo deveres, criticar comportamento não é preconceito, a liberdade de expressão tem que existir para uma nação ser democrática, o outro fato é que no texto deixa brechas para o exercício da pedofilia, quando diz respeito à livre opção sexual do individuo, mesmo se a opção sexual dele é a que se enquadra na pedofilia, segundo a PL 122/06 ele estaria insento de pena alguma, porque tem a livre opção sexual.
Esta lei não é para julgar homofobia mas dá privilégios a uma só classe dentro do povo brasileiro é uma lei que vai em desacordo como a constituição brasileira de 1988. 
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