Serie da Folha de SP, mostra cidade (brasileiras) industriais ou que tem pontecial logísitco.
Depois de grãos e remédios, Anápolis (GO) vira "hub" central
Cidade industrial desde a década de 1970, Anápolis (GO), a 55 km de Goiânia e 160 km de Brasília, busca se consolidar como um centro de distribuição e transportes.
Esse potencial logístico vem de sua localização, no centro do país, que
já faz projetos de infraestrutura saírem do papel e tem estimulado
empresas a erguerem lá suas plataformas de distribuição.
A cidade se consolidou como polo produtivo, a partir de isenções
fiscais, com a implantação do Daia (Distrito Agroindustrial de
Anápolis), em 1976. A partir da década de 1980, tornou-se polo
farmacêutico, com sete empresas do ramo.
Agora, com crescimento médio de 17% ao ano, se prepara para mais uma virada.
Em meados de 2014, deve ganhar um aeroporto de cargas, obra do governo
estadual de R$ 140 milhões, e o terminal da ferrovia Norte-Sul, que
interligará o porto de Itaqui (MA) ao Porto Seco do Centro-Oeste,
sediado em Anápolis, com movimentação de US$ 1,9 bilhão em 2012.
Hoje, o transporte de cargas é feito pela BR-153 e pela ferrovia
Centro-Atlântica. São previstas obras para uma plataforma que
interligará os vários meios de transporte, consolidando a característica
de "hub" (a conexão entre várias partes de uma rede).
"A cidade hoje tem característica de entroncamento", afirma Antônio Gomide (PT), prefeito de Anápolis.
O Grupo Hypermarcas foi um dos que apostaram no potencial logístico de
Anápolis. Em 2011, o grupo levou toda a operação para a cidade. A
mudança envolveu investimentos de R$ 115 milhões e gerou 2.500 empregos.
Hoje, medicamentos como Atroveran, Benegrip, Doril, Engov e Merthiolate,
além dos genéricos da marca, são produzidos na cidade e distribuídos
para o país.
Com 90 mil m², a fábrica tem capacidade produtiva de 10 bilhões de
unidades por ano e teve, em 2012, faturamento de R$ 2,8 bilhões até o
terceiro trimestre.
A Roche também mantém seu centro de distribuição na cidade desde 2005.
Os insumos são importados por Anápolis e enviados para o Rio. Prontos,
os remédios retornam para Anápolis, de onde são distribuídos. O centro
de distribuição otimizou a logística, afirma Giacinto D'Ettor-re,
diretor de finanças.
A Hyundai Caoa deve investir R$ 900 milhões em uma nova fábrica e também estuda distribuir alguns produtos a partir da cidade.
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