A companhia telefônica Vodafone, do Reino Unido, fez um acordo com a
americana Verizon para vender sua participação na Verizon Wireless por
US$ 130 bilhões (R$ 308 bilhões), segundo o jornal "Wall Street
Journal".
O anúncio é esperado para depois do fechamento do mercado em Londres, na
segunda-feira, depois que o conselho da Verizon se reunir, no início do
dia, para votar sobre a transação proposta, segundo fontes da agência
Reuters.
A Vodafone é proprietária de 45% das ações da Verizon Wireless, maior
companhia de telefonia móvel norte-americana em número de usuários. Já a
Verizon é dona dos outros 55%.
Sob os termos do acordo proposto, a Vodafone receberia US$ 60 bilhões em
dinheiro, US$ 60 bilhões em ações da Verizon, e um adicional de US$ 10
bilhões em transações menores, afirmaram duas das pessoas familiarizadas
com o assunto.
Os dois grupos se recusaram a comentar a informação.
Fontes da agência Reuters afirmam que a Verizon pretende pagar por
metade da compra com seus próprios recursos. Para o resto, a empresa
consultou os bancos JP Morgan, Morgan Stanley, Barclays e Bank of
America, para ajudar a levantar capital por meio de títulos de crédito e
empréstimos bancários.
As ações da Vodafone subiram mais de 9% na bolsa de Londres na última
sexta (30), depois do anuncio das negociações. O acordo, se
concretizado, implicará a saída da companhia britânica do mercado
norte-americano.
CONFLITO
Os principais investidores da Vodafone podem entrar em conflito sobre o
que a empresa deve fazer com as prováveis receitas de até US$ 130
bilhões provenientes da venda de sua participação na operadora
norte-americana Verizon Wireless.
Acionistas da Vodafone contatados pela Reuters estão divididos entre
aqueles que querem ver o dinheiro retornando em forma de dividendos e
aqueles que querem que a empresa faça investimentos, para evitar a
dependência de mercados europeus de baixo crescimento.
Uma lucrativa venda da participação na Verizon liberará recursos para
investir em nova infraestrutura ou para adquirir empresas menores para
diversificar e diminuir os efeitos da queda no mercado de telefonia
celular nas receitas.
"Você só deveria querer um negócio como esse se eles forem fazer alguma
coisa com os recursos", disse um gestor de fundos de um dos 10 maiores
acionistas da Vodafone, que não quis ser identificado.
"O pior cenário é que a Vodafone pegue o dinheiro e apenas devolva tudo
aos acionistas. Então você é deixado com uma companhia estranha que não
está realmente fazendo nada."
Fonte: Folha de SP,2013; Google imagem, 2013.
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