Um mutirão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) encontrou ainda preso 
um homem de aproximadamente 80 anos que deveria ter sido libertado em 
1989. Segundo o órgão, ele está desde a década de 60 em um instituto 
psiquiátrico que abriga acusados de cometer crimes no Ceará.
Segundo o CNJ, as pessoas que permanecem no instituto irregularmente 
estão lá "devido ao abandono dos familiares e pela ausência de uma 
instituição hospitalar própria para abrigá-los", afirmou o juiz Paulo 
Augusto Irion, que acompanhou o mutirão. "A situação dessas pessoas é 
meramente de saúde, não mais de Direito Penal", completou.
O mutirão no Estado começou em 7 de agosto e encontrou no Instituto 
Psiquiátrico Governador Stenio Gomes, em Itaitinga, seis pessoas 
internadas mesmo depois de terem as penas extintas. O órgão aponta ainda
 que o estabelecimento funciona em um prédio antigo, que precisa de 
"urgentíssimas reformas estruturais". 
O mutirão nas unidades prisionais do Ceará deve continuar até a próxima 
semana. O CNJ, porém, já afirmou que vai recomendar ao governo estadual a
 interdição da Casa de Privação Provisória de Liberdade Desembargador 
Francisco Adalberto de Oliveira Barros Leal e da Cadeia Pública de 
Tianguá.
A primeira tem como principal irregularidade a superlotação --são 1.172 
detentos, sendo que a capacidade é de 828. Já na segunda, o órgão aponta
 as "péssimas condições do prédio", que teria inclusive esgoto a céu 
aberto.
 Fonte: folha de SP, 2013.

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