(IMPERATRIZ) Obras de conclusão do aterro sanitário estão atrasadas O lixo continua sendo depositado de forma inadequada, e o pior: às margens da BR-010.


IMPERATRIZ - Estão atrasadas as obras de conclusão do aterro sanitário no município de Estreito. O lixo continua sendo depositado de forma inadequada, e o pior: às margens da BR-010. Imagens exclusivas cedidas pela polícia mostram como o lixo, que deveria ser uma preocupação, é simplesmente despejado às margens da rodovia em Estreito.
Veja, ao lado, na reportagem de Tátyna Viana e Hildomar Lopes.
De longe, a fumaça sinaliza o perigo. Os urubus parecem acenar, enquanto o que ainda resta de área verde pede socorro.
A placa na saída da cidade, para quem viaja no sentido Estreito-Carolina, é o ponto de referência. Mais de 40 toneladas de lixo produzidas diariamente no município de estreito são despejadas às margens da BR-010.
As imagens cedidas por policiais rodoviários mostram o flagrante da agressão ao meio ambiente. Um caminhão da prefeitura descarrega os dejetos bem perto da pista. Rotina que já dura anos. Mais adiante, entre urubus e moscas, uma criança cata o que sobrou intacto. Com uma faca na mão, o garoto procura o que, ainda, pode ser fonte de renda e diz que não frequenta a escola porque a sobrevivência da família, também depende dele.
Lixo hospitalar, orgânico, restos de animais. A incineração é feita sem qualquer critério, liberando gazes poluentes e complicando a visibilidade dos condutores pela fumaça que às vezes se espalha em direção à rodovia.
Em 2006, quando o consórcio responsável pela construção da hidrelétrica se instalou em Estreito foi assinado um termo de compromisso mútuo com a prefeitura, onde o Ceste se comprometeu em fazer o aterro sanitário da cidade. Essa é apenas uma das medidas de compensação para diminuir os impactos causados ao meio ambiente na região. O prazo para a conclusão da obra termina no próximo dia 21 e ainda há muito a ser feito.
A área onde está sendo construído o aterro sanitário fica perto do lixão.
A estrutura para separação e prensa do material reciclável e os da estação de tratamento do chorume estão prontas, aguardando os equipamentos de operação. Nestas valas serão depositados os resíduos sólidos. Em visita à obra, o secretário de meio ambiente disse que não há o que fazer para solucionar o problema do lixão até o término da construção. O pior é que a prefeitura, responsável por administrar o aterro, pode não ter condições de arcar com as despesas de funcionamento.
Em março deste ano, a promotora de defesa do meio ambiente baixou uma portaria para apurar as responsabilidades e acompanhar o andamento da obra, mas abriu apenas processo administrativo. O Ministério Público deve propor ao consórcio um termo de ajustamento de conduta ainda este mês.
Depois que o aterro passar a funcionar a prefeitura tem ainda a responsabilidade de recuperar a área degradada.

FONTE: http://imirante.globo.com

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