Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, anuncia ajuda de US$ 15 bilhões para Ucrânia Geert Vanden Wijngaert / AP |
BRUXELAS — Um dia antes de uma reunião de cúpula europeia extraordinária
dedicada à crise na Ucrânia, a Comissão Europeia apresentou, nesta
quarta-feira, um plano de ajuda de pelo menos 11 bilhões de euros para o
país (cerca de US$ 15 bilhões). O programa, que inclui medidas de curto
e médio prazo nas áreas comercial, econômica, técnica e financeira,
poderá ser completada pelos Estados membros da União Europeia.
— A Comissão Europeia identificou um programa de ajuda para a
Ucrânia. Esta é nossa contribuição à reunião de cúpula de chefes de
Estado e de Governo de quinta-feira. No total, o pacote pode chegar a
pelo menos 11 bilhões de euros nos próximos dois anos, que sairiam do
orçamento da União Europeia e das instituições financeiras europeias —
declarou o presidente da comissão, José Manuel Durão Barroso.
A
assistência será feita em uma ação coordenada com o Banco Europeu para
Reconstrução e Desenvolvimento e com o Banco Europeu de Investimento, e
depende em parte de a Ucrânia assinar um acordo com o Fundo Monetário
Internacional (FMI).
Para coordenar os esforços de apoio da
comunidade internacional, a comissão propôs a criação de um “mecanismo
especial de coordenação de doações” que a UE está disposta a gerenciar. A
Comissão prevê 1,6 bilhão em empréstimos, 1,4 bilhão em doações, sendo
600 milhões nos próximos dois anos, 3 bilhões do Banco Europeu de
Investimentos (BEI).
Um dia antes, o secretário de Estado
americano, John Kerry, anunciou um pacote econômico e assistência
técnica para a Ucrânia, em uma demonstração de apoio ao novo governo
interino em meio à escalada das tensões com a Rússia. Segundo
funcionários do alto escalão, a ajuda totaliza US$ 1 bilhão.
Bens congelados
Paralelamente,
a União Europeia anunciou nesta quarta-feira o congelamento de bens de
18 pessoas consideradas responsáveis pela malversação de fundos públicos
na Ucrânia. Os 28 ministros do Exterior dos países que compõem a UE
aprovaram a lista, cujos nomes serão divulgados somente na quinta-feira.
O
congelamento de bens dessas 18 pessoas ficará vigente por 12 meses. Os
nomes não foram anunciados antes para evitar que retirem seu dinheiro
antes da medida entrar em vigor.
As sanções incluem disposições
para facilitar a recuperação dos fundos pelo novo governo de Kiev, de
acordo com condições apresentadas pelo bloco.
Suíça e Austrália adotaram medidas semelhantes na semana passada.
Fonte: oglobo.globo.com/rio
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